Nesse início de século XXI a palavra anarquia e diversas práticas relacionadas a ela passaram a circular entre protestos, manifestações de rua e nos chamados novos movimentos. No Brasil, essa presença se tornou explícita com as ações de adeptos da tática black bloc, desde as jornadas de junho de 2013. A reação repressiva a esse movimento explicitou uma série de práticas ditatoriais no interior da democracia formal. Essa conversa visa apresentar alguns pontos dessa presença anarquista nos novos movimentos, ressaltando diferenças, atualizações e afastamentos pelo crivo da revolta como atitude antipolítica na produção de uma cultura libertária. Simultaneamente, retomar as reações da chamada opinião pública e da polícia contra as manifestações, em especial à tática black bloc, como marca da presença da ditadura hoje.
Conversação com Acácio Augusto:
Doutor em Ciências Sociais (Política) pela PUC-SP. Publicou em 2008, “Anarquismos e educação” em co-autoria com Edson Passetti, Editora Autêntica. Em 2013 publicou “Política e polícia: cuidados, controles e penalizações de jovens”, Editora Lamparina.