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Aqui você encontra artigos e textos relacionados à Soma e temas correlatos.

Este material representa parte das pesquisas mais recentes e os caminhos percorridos na trajetória libertária da Soma. Convidamos também companheiros para compartilhar conosco suas pesquisas, inquietações, prazeres e anarquias.

Disponibilizamos ainda alguns livros e/ou textos clássicos de pensadores somáticos. Boa leitura!

Nós na dinâmica de autogestiva da Soma 

(…) São questões que, normalmente, surgem nas experiências da dinâmica autogestionária destes grupos e por isso, merecem um olhar mais atento. Como dissemos, são características frequentes e que refletem as dificuldades apresentadas pelos membros dos grupos em produzir de forma associativa. Formados em sociabilidades hierarquizadas, somos “acostumados” a pensar e agir a partir das relações de verticalidade, obedecendo ou exercendo o poder junto e sobre o outro. No entanto, a partir das inquietações de La Boétie (1530-1575) podemos questionar nossa própria servidão e tirania. Sua indagação volta-se para o entendimento de como ocorrem os atos de sujeição deliberada a um superior.

Anarquismos e Foucault

Tem sido frequente, ao menos para alguns anarquistas, a busca por formular aproximações, tensionamentos e interfaces entre as análises libertárias e os estudos do filósofo Michel Foucault, especialmente em torno de sua analítica do poder. Ao estabelecer este encontro, o que se busca é oxigenar e atualizar os anarquismos, seja na sua permanente crítica às práticas de dominação, na valorização do singular que faz coexistir as diferenças ou nas possibilidades de práticas de liberdade no presente. O que os anarquismos buscam ainda é pensar a vida como criação, num contínuo redimensionamento que abrange o amor, a vida social, as relações de trabalho, entre tantos outros espaços.

Esculpir a própria estátua em praça pública

Ao analisarmos os processos de subjetivação a partir de uma perspectiva genealógica, tal qual proposta pelo filósofo francês Michel Foucault (1926-1984), podemos concebê-la como um processo historicamente construído, distante de qualquer sentido essencialista ou universal, mas absolutamente imanente e singular. O que nos torna sujeitos emerge através do contato e da vivência direta com o que nos afeta, na relação com as pessoas e os lugares que habitamos. Apesar de ainda serem poucas as análises entre os processos de subjetivação e os espaços urbanos, tem ficado cada vez mais evidente esta relação. (…) Por João da Mata

TESÃO  – a palavra é um vírus   

Há palavras que ao serem lidas ou pronunciadas, contagiam. Instigam uma ação, uma vontade, um direcionamento. Elas modificam os sentidos que damos para as coisas e nos fazem deslocar, sempre que desejamos a vida em expansão. É difícil não ser contaminado pela curiosidade se alguém lhe diz que aquele acontecimento está um tesão; que tal filme é um tesão; ou que a beleza daquela obra é um tesão. Queremos ter contato com aquilo ou com quem carrega algo tesudo, pois possivelmente ativará nossa potência de viver. Por João da Mata

O intolerável e a vida livre

Já há algum tempo a palavra terapia não é a melhor forma de definir a Soma. Ao menos, a maneira como este termo normalmente é utilizado, remetendo a uma noção de cura. Não acredito que os conflitos humanos possam ser curados, até porque vivemos em sociedades adoecidas, que retroalimentam processos de controle das mais diversas formas, com consequências diretas na vida emocional das pessoas. O que penso ser possível, e isso é fundamental, é cada um conseguir desenvolver táticas e manejos nos mais diferentes espaços da malha social, capazes de lidar com as práticas de poder, de forma estas que possam “respingar” o menos possível em nossa vida emocional. Fomentar esse jogo de cintura talvez seja uma das mais importantes e potentes formas de estar no mundo. Por João da Mata

A Função do Orgasmo

Esta é uma das últimas entrevistas do escritor e terapeuta anarquista Roberto Freire, cedida à Revista Cult em 2004. “(…) A vida e a obra de Roberto Freire giram em tomo da experimentação. “O Roberto, por mil razões, algumas delas voluntárias, ficou esquecido, colocado de lado. No entanto, sempre lembrado aqui e ali, sempre citado. Não entendi, contudo, a pouca reação que houve a sua autobiografia (Eu é um outro, Ed. Maianga, de 2003). Roberto provocou, polemizou, criticou, desagradou a certos setores ideológicos, botou o dedo (ou o punhal) em certas feridas e as patrulhas não perdoaram. Castigaram. Contudo, quem não garante que ele preferiu se afastar, de saco cheio de mediocridades, falsidades, fraudes, enganos e superficialidades?”, sugere o escritor Ignácio de Loyola Brandão, um dos únicos amigos de Freire no campo literário. (…)”

Christiania – Uma cidade sem governo

Christiania tem provado ao mundo que é possível viver numa sociedade sem autoridade constituída, sem delegação de poder através de mandatos e eleições. A cidade-livre da Dinamarca criou um experimento social definitivo contra a ideia dominante de que a humanidade se autodestruirá se não existir um controle sobre a liberdade individual.(…)

Por uma erótica solar

Texto publicado originalmente na Revista Nin e agora disponibilizado no site da Soma. (…) Uma erótica solar rompe com a lógica que situa o desejo como carência, para então afirmá-lo como transbordamento. O prazer não se define pela completude, mas na conjugação que trás o excesso e a demasia. Sendo descarga, derramamento, o desejo na erótica solar pressupõe excesso, dispêndio de energia e realização do corpo. Aqui, em substituição à noção de algo completar na busca do prazer e toda a mística que se cria em torno dela, emerge o suplemento.Por João da Mata

Entrevista com Roberto Freire para Revista Utopia

Artigo publicado na Revista Utopia – Periódico Libertário de Portugal, 2008.  A revista Utopia teve a oportunidade de entrevistar o nosso amigo e companheiro libertário Roberto Freire. A sua experiência é extremamente rica na construção do ideal anarquista no Brasil. Na atualidade, num contexto de intervenção muito específica – SOMA – Uma Terapia Anarquista – pode-se descortinar das suas posições. O seu percurso histórico é elucidativo. Sempre pautou a sua vida em prol da liberdade e da emancipação social, não obstante, verificarmos que as suas teorias e práticas não sejam bem compreendidas por algumas correntes do movimento libertário.

Sem paixão não se faz revolução

Este texto do Roberto Freire publicado na Revista Libertárias em 2000, agora volta a ser disponibilizado. Segundo Freire, “a paixão e o amor parecem possuir a mesma natureza, mas não são iguais, embora ambos necessários, porém diversamente, à vida. Digamos que o amor é algo biológico e amar seja tão importante para o ser humano quanto respirar. Já a paixão, considero uma conquista cultural da espécie humana e o ato de se apaixonar teria o mesmo valor para as pessoas que a liberdade”.

Da arte-luta da capoeira angola ao anarquismo somático

Texto originalmente publicado na Revsita Verve (publicação do Nu-Sol/Núcleo de Sociabilidade Libertária – PUC/SP). (…) A trajetória da capoeira está repleta de personagens que se rebelaram diante da violência que lhes roubavam o sentido da existência, sempre pela covardia e pelo autoritarismo. Propomos aqui, valorizar estes instantes insurgentes da capoeira, para lidar com as práticas de poder no presente, caracterizadas por mecanismos menos explícitos que o escravismo, mas por eficientes formas de controle e domínio. Por João da Mata

Erotismo, sensualidade e sexualidade como potências da vida

Texto originalmente publicado na Revista Nin, em Maio de 2015. Aqui, apresentamos a noção reichiana que entende o exercício livre da sexualidade como fonte geradora de vitalismo que percorre o corpo. Por João da Mata

A Psicologia somática de Wilhelm Reich  

Nascido no final do século XIX, Wilhelm Reich (1897-1957) foi responsável por uma reviravolta nos estudos psicológicos realizados até então, capaz de levar à compreensão dos fenômenos emocionais para além da psicologia, articulando-a com a sociologia e a política. Seu pensamento é uma das principais bases teóricas da Somaterapia. Por João da Mata

Paulo Freire, o andarilho do óbvio

(…) A educação é o tema fundante do pensamento libertário enquanto processo de formação de um indivíduo no presente. Não se espera pelo futuro, nem se rejubila com o passado. Ela envolve tanto as afetividades como o discernimento das regras de autoridade vigentes exigindo, quando voltada para a potencialização da liberdade, a existência efêmera da autoridade paterna que cessa a partir do discernimento do sujeito em torno de sua desterritorialização. É a educação ultrapassando as territorialidades da autoridade; é a educação crítica à artificialidade da pacificação da violência pelo Estado, propagada modernamente desde os contratualistas. (…) Por Edson Passetti

Anarquismo contemporâneo, pós-anarquismo, neoanarquismo…Para travar neologismos

A anarquia, como prática e pensamento político de contestação e revolta, e os anarquismos, como movimento político e social, nunca foram passíveis de dissociação. Envolvidos nas lutas de seu tempo e produzindo práticas e interesses diversos, os anarquistas, ao longo da história moderna, jamais se apoiaram em uma autoria que os fundasse e justificasse, como também recusaram a filiação exclusiva a um conjunto de práticas ou a um método de validade universal.(…) Por Acácio Augusto

A criação da Somaterapia: ditadura civil/militar X a luta pela liberdade

(…) O nascimento da Somaterapia aconteceu num crítico cenário da história recente brasileira, no período do regime civil/militar instaurado no Brasil em 1964. Os jovens que lutavam contra a ditadura não dispunham de um método terapêutico em que pudesse confiar, politicamente, no atendimento dos desequilíbrios emocionais e psicológicos provocados em suas vidas pela rejeição e repressão autoritárias das famílias burguesas, ligadas à repressão dos militares e políticos fascistas. Por João da Mata

A ânsia de destruir é também a ânsia de criar

(…) Destruir significa abrir espaço para criar outras possibilidades societárias, que não estejam fundadas fortemente no capital e pactuadas por políticas de Estado. Por João da Mata

Post-Scriptum sobre as Sociedades de Controle

Neste pequeno texto do filósofo francês Gilles Deleuze, estão as ideias básicas sobre a noção de sociedade de controle, conceito fundamental para entendermos a atual construção social em que vivemos. Tradução de Peter Pál Pelbart.

Por um Devir revolucionário dos indivíduos

A partir do conceito de “Materialismo Hedonista”, presente na obra do filósofo francês Michel Onfray, procuro analisar as possíveis formas de intervenção política na atualidade, após a derrocada dos partidos comunista no mundo… Por João da Mata

Roberto Freire, a Soma e a Vida Artista

Este artigo busca articular o conceito de vida artista, presente na obra do filósofo Michel Foucault – caracterizada como um modo de vida potente, criativo e libertário – e a vida e obra do escritor Roberto Freire e sua mais importante contribuição: a Soma – uma terapia anarquista. Por João da Mata

Discurso Sobre a Servidão Voluntária

O jovem filósofo Etienne de La Boétie morreu aos 33 anos de idade, em 1563. O seu Discurso Sobre a Servidão Voluntária é um dos primeiros e mais vibrantes hinos à liberdade dentre os que já se escreveram. Um texto atual e necessário para pensarmos a liberdade e a produção do autoritarismo.

Escuta, Zé Ninguém!

Este livro-manifesto de Wilhelm Reich foi escrito no verão de 1946 para os arquivos do Instituto Ongone, criado e dirigido por ele. Um testemunho veemente e crítico contra a mediocridade que habita a vida de muitos homens e mulheres comuns, infelizmente a maioria.

11 de Março: Terrorismo, Desejos de Massa e Liberdade

Os eventos de 11 de setembro estão completando 10 anos. Neste período muita coisa mudou: aumentaram os controles em nome da “segurança pública”, os USA já não representam a potência hegemônica no mundo, o povo árabe foi eleito o inimigo público número um e as atrocidades encontram-se cada vez mais legitimadas…Por Nu-Sol/PUC SP

A Somaterapia e o Anarquismo Somático

A Soma, uma terapia anarquista foi buscar nas reflexões libertárias seu referencial filosófico e político…

Anarquia e Hedonismo: encontros entre a ética e a política

Como traçar paralelos entre o prazer e a anarquia sem cair no lugar comum dos puritanos, que elegem a libertinagem e a liberdade como virtudes banais e egoístas?

Christiania – A Lenda da Liberdade

No coração gelado do capitalismo europeu, na fria Copenhagen, Dinamarca, uma comunidade de 10 mil pessoas vive num outro compasso…

Formas Libertária de Intervenção Social para o século XXI

A atual crise que passa o Brasil e o mundo nesta virada de milênio parece ter precedentes que extrapolam o âmbito econômico ou mesmo o das ideologias…

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